17.6.09

Sangra

Sangra no meu peito,
A imensa dor dos esquecidos...
Um salgado cortante fere-me a língua
E a noite, em véu estrelado,
Despe a lua grávida de sussurros.
Pelas ruas de navalha: uivos e murmúrios.
Homens e lobos confundem-se,
Numa intensa vida que nunca dorme.
Eu, alma em crisálida,
Pequeno rebento do silêncio,
Filha primogênita da ausência,
Resignada tomo a caneta
E traço essas linhas como quem ora...

Um comentário:

Mario Ferrari disse...

ESTE É MUITO LINDO, MUITO LINDO MESMO, UM NOTURNO CARREGADO. É RICO, E SENSITIVO. LI E RELI CADA METÁFORA.
MINHA MENINA QUE BOM VOCÊ ESCREVENDO ASSIM.
BEIJO GRANDE VANESSA!
MARIO