A vida é, no fundo,
Como um olhar de relance por sobre os campos.
Nunca vemos de fato como ela é
Mas apenas os vultos que julgamos conhecer.
Como um olhar de relance por sobre os campos.
Nunca vemos de fato como ela é
Mas apenas os vultos que julgamos conhecer.
Espero o momento de poder olhar nos olhos, profundamente,
- Ou quem sabe apenas por um instante –
E então, com um suspiro conformado, descobrir
Que o mistério simplesmente não existe.
Que não há nada mais a revelar.
Nada oculto, nada encoberto, nada omitido.
Apenas a Natureza,
(Que é uma realidade
E me salta aos olhos famintos)
Ou a espontânea Poesia,
Um mero delírio de lábios urgentes...
2 comentários:
um poema quase taoísta!
Um beijão pra vc Vanessa!
Mario
essas frases martelam na cuca, sabia?
"Um mero delírio de lábios urgentes..."
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