2.5.08

Garimpo

De repente, o impulso!
Abro os olhos como quem quer acreditar
E torno a fechá-los como quem quer sentir.
O Sopro de Vida.
O Hausto Criador.

Entrevejo constelações e sóis,
Mundos e seres,
Como num oceano.

Uma fração de segundo
E já não há mais Tempo.
Presente, passado e futuro...
Grilhões dos quais me liberto
Para tomar parte em tudo nesse mundo.

Entre as páginas, silêncio.
Fecho o livro, deito a pena
E vou ter com os poetas,
Artesãos de vida
Em comunhão sagrada com as palavras...

Escrever é um eterno garimpo.

2 comentários:

Vinícius Castelli disse...

É arte, é íntimo.
É lindo.
Um beijo

Mario Ferrari disse...

O arrebatamento:
A eternidade é instantânea!


Beijo!