4.6.08

Estações

Filha esquecida da Terra
Sinto o vibrar silencioso de cada uma de suas estações
Com todas as suas cores, perfumes e sensações.
Mas nada faz sentir minhas vidas como o outono.

Minha janela parece mais secular do que na primavera
Meu silêncio e olhar mais antigos e pesados do que julgo que são...
E sinto o cheiro do sol escondido e das folhas acobreadas descendo vertiginosamente para o passado.

O zunido do vento gélido atravessa meus ouvidos e existências.
Tantas...
Tão infinito é o céu onde semeio minhas lembranças
E nunca sei onde colhê-las depois de enterradas.
Mas nunca me desespero.

Elas sempre brotam.
São frutos de época,
De outonos.
Intervalos insignificantes entre úteros...

Um comentário:

Mario Ferrari disse...

chorei ao ler esse dois poemas.
Sáo lindos, profundamente lindos.
Amo sua poesia, Vanessa.
Um grande beijo, filha da terra.

Mario