Filha esquecida da Terra
Sinto o vibrar silencioso de cada uma de suas estações
Com todas as suas cores, perfumes e sensações.
Mas nada faz sentir minhas vidas como o outono.
Minha janela parece mais secular do que na primavera
Meu silêncio e olhar mais antigos e pesados do que julgo que são...
E sinto o cheiro do sol escondido e das folhas acobreadas descendo vertiginosamente para o passado.
O zunido do vento gélido atravessa meus ouvidos e existências.
Tantas...
E nunca sei onde colhê-las depois de enterradas.
Mas nunca me desespero.
Elas sempre brotam.
São frutos de época,
De outonos.
Intervalos insignificantes entre úteros...
Um comentário:
chorei ao ler esse dois poemas.
Sáo lindos, profundamente lindos.
Amo sua poesia, Vanessa.
Um grande beijo, filha da terra.
Mario
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