20.7.09

O Tempo

Foi assim...
Um dia, quebrei as correntes do medo
E o encarei, face a face!

Olhei nos seus olhos imensos
Talhados sobre a eternidade.
Ele também me encarou
E como diante de um espelho
Pude ver em meu rosto os sulcos deixados
Pelo passar insensível de seu navio
Lento...suave...constante...

Confesso.
Naquele instante me rendi aos seus encantos...
E desde então tornei-me sua amiga de infância
O Tempo...

Tornou-se também meu cumpadre
Prometeu continuar passando
Mas agora com mais alegrias
Mais flores, mais vida.
E talvez menos pressa...

2 comentários:

Mario Ferrari disse...

O Deus que a seus próprios filhos devora,assim o faz não por crueldade, mas para lhes dar todas as vidas por vir.
Beijo, doce Vanessa!

José Heber de Souza Aguiar disse...

tempo, imensidão do devir
morte, ilusão do não vir
infinitude, incompreensão do porvir

Belo texto, o seu.
José Heber www.joseheber.blogspot.com


SINTESE DOS OUTONOS

o presente
é o escombro
do passado

o futuro
é o passado
transladado

e a morte
a síntese
dos outonos