4.11.08

Persistência...

Um livro de páginas entreabertas,
Soluços intermitentes entre as quatro paredes.
Irrisórios cordões sustentam a vida
E dela me sinto uma presa fugaz...

Corredores frios pela humanidade ausente,
Colunas hercúleas de luzes serenas,
Autênticas, imponderáveis...
A outra vida.
Nítida, cada dia mais próxima.

Teria eu vivido um mundo de ilusões?
Ou mergulho aos poucos no interminável sonho?
Será a existência uns poucos anos,
Em que pairamos sobre esta terra entre a corrupção dos homens?
Que haverá para além deste primeiro ato?

Vida...creio..haverá ainda, a Vida!

Um comentário:

Mario Ferrari disse...

Este poema reflete meu desespero...
Então eu trouxe minha rara reza sentida pra você!


Minha Mãe Terra, olha minhas mãos,
Unhas de giz, linhas do que és em mim.
Dá-me teu colo, sexo universal de mulher sagrada, deusa,
A vida cedida por tua infinita bondade,
A outra face de Deus.
Leva-me por todas as mães que me deste aqui,
Põe meu coração nos filhos que tive e terei.
Cede-me a força de tua face oculta,
O poder de ser teu instrumento, deusa da transformação.
Faz-me seguir pelo caminho e esperar pelo inevitável.
Quando fores morte liberta-me e acaricia meu destino.
Projeta tua luz em meu arbítrio e dirige minhas mãos
Até retornar ao imutável e nele me esquecer.


Meu carinho e meu afeto menina poeta. Adoro ler você.
Mario

3:59 PM