8.12.08

Desejo de Inverno

Esta tarde de verão,
Pesa em meus ombros ardentemente.
Frases emergem do asfalto quase
Em chamas.

Delírio?

Mentes pensam em mim um infinito de letras.
As lágrimas choram meus olhos
No pranto convulso do garoto
de rua.

Que é esta pausa interminável,
Este espaço infinito e imprevisível
Entre um semáforo e outro?

Imenso desejo de inverno...

Um comentário:

Mario Ferrari disse...

muitas vezes, entre um semáforo e outro esperamos recolher um arrebatamento qualquer, mesmo que sutil. Daí, os poetas tem sempre olhar de criança, olhar de surpresa... e o arrebatamento muitas vezes fica por conta do poema e não do espaço vazio entre um semáforo e outro!