Um livro de páginas entreabertas,
Soluços intermitentes entre as quatro paredes.
Irrisórios cordões sustentam a vida
E dela me sinto uma presa fugaz...
Corredores frios pela humanidade ausente,
Colunas hercúleas de luzes serenas,
Autênticas, imponderáveis...
A outra vida.
Nítida, cada dia mais próxima.
Teria eu vivido um mundo de ilusões?
Ou mergulho aos poucos no interminável sonho?
Será a existência uns poucos anos,
Em que pairamos sobre esta terra entre a corrupção dos homens?
Que haverá para além deste primeiro ato?
Vida...creio..haverá ainda, a Vida!
Um comentário:
Este poema reflete meu desespero...
Então eu trouxe minha rara reza sentida pra você!
Minha Mãe Terra, olha minhas mãos,
Unhas de giz, linhas do que és em mim.
Dá-me teu colo, sexo universal de mulher sagrada, deusa,
A vida cedida por tua infinita bondade,
A outra face de Deus.
Leva-me por todas as mães que me deste aqui,
Põe meu coração nos filhos que tive e terei.
Cede-me a força de tua face oculta,
O poder de ser teu instrumento, deusa da transformação.
Faz-me seguir pelo caminho e esperar pelo inevitável.
Quando fores morte liberta-me e acaricia meu destino.
Projeta tua luz em meu arbítrio e dirige minhas mãos
Até retornar ao imutável e nele me esquecer.
Meu carinho e meu afeto menina poeta. Adoro ler você.
Mario
3:59 PM
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